Fed reduz juros dos EUA em 0,50 ponto percentual, primeiro corte em 4 anos

  • 18/09/2024
(Foto: Reprodução)
Referencial agora está na faixa de 4,75% a 5% ao ano. Mudança vem após oito reuniões consecutivas sem alterações. Sede do Federal Reserve (Fed), Banco Central dos EUA. REUTERS/Joshua Roberts O Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) decidiu cortar os juros do país nesta quarta-feira (18) em 0,50 ponto percentual (p.p.), para a faixa de 4,75% a 5% ao ano. Essa foi a primeira redução na taxa desde março de 2020. A medida já era esperada pelo mercado, após sinalizações recentes de corte pelo presidente do Fed, Jerome Powell. A novidade é o tamanho do corte, que ainda não tinha consenso entre especialistas. Dos 12 integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), 11 votaram a favor do corte de 0,50 p.p., incluindo Powell. O único voto divergente foi pela redução de 0,25 ponto. Em comunicado, o Fomc afirmou que a medida veio "à luz do progresso na inflação e do equilíbrio de riscos". Disse também que "continuará monitorando as implicações das informações recebidas para a perspectiva econômica", sem dar sinais claros sobre os próximos passos. O corte desta quarta gera reflexos no Brasil. Juros elevados nos EUA elevam a rentabilidade dos Treasuries (títulos públicos norte-americanos). Isso se reflete nos mercados de ações e no dólar, com a migração cada vez maior de investidores para o país, em busca de melhor remuneração. Corte nas taxas, portanto, podem significar um alívio no mercado, já que investidores tendem a tomar mais risco e investir em países emergentes, como o Brasil. O movimento é favorável para o real, que sofreu com a valorização do dólar em meio aos juros elevados nos EUA. No ano, o dólar acumula uma alta de quase 12% em relação à moeda brasileira. Nas últimas semanas, no entanto, a moeda norte-americana começou a perder força diante das sinalizações do Fed de corte de juros na reunião desta quarta-feira. Progresso da inflação O Fed manteve sua taxa básica na faixa de 5,25% a 5,50% entre julho de 2023 e esta quarta-feira, em meio a uma inflação que, em 2022, chegou a superar os 8% — maior patamar em mais de 40 anos. Agora, a taxa está em 2,5%, próxima da meta do BC norte-americano. No comunicado publicado nesta quarta, o Fomc afirmou que a inflação teve mais progresso em direção à meta do Fed, que é de 2%. Ponderou, no entanto, que o índice de preços continua "um tanto elevado". "O Comitê ganhou maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção a 2%, e julga que os riscos para atingir suas metas de emprego e inflação estão aproximadamente em equilíbrio", diz o documento. O colegiado também informou que indicadores recentes sugerem que a atividade econômica "continuou a se expandir em um ritmo sólido" e que os ganhos de emprego desaceleraram, enquanto a a taxa de desemprego subiu, "mas continua baixa". "Ao considerar ajustes adicionais à faixa-alvo para a taxa de fundos federais, o Comitê avaliará cuidadosamente os dados recebidos, a perspectiva em evolução e o equilíbrio de riscos", continuou. O Fomc não deu sinais claros sobre os próximos passos: afirmou que está preparado para ajustar a postura da política monetária "conforme apropriado, se surgirem riscos que possam impedir a obtenção" de suas metas. Reflexos dos juros norte-americanos Além de aumentar a rentabilidade dos Treasuries e gerar impacto nos mercados de ações e no dólar, os juros dos EUA causam reflexos no cenário macroeconômico. Juros mais elevados nos Estados Unidos também influenciam no longo prazo, indicando uma tendência de desaceleração econômica global, já que empréstimos e investimentos também ficam mais caros. O movimento de corte nos EUA também tende a se refletir ainda nos juros brasileiros, ao levar mais tranquilidade para que o Banco Central do Brasil (BC) possa afrouxar a política monetária por aqui. Para esta quarta-feira, investidores seguem na expectativa pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que será divulgada no fim da tarde.

FONTE: https://g1.globo.com/economia/noticia/2024/09/18/fed-reduz-juros-dos-eua.ghtml


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