Chefe do tráfico da Providência ganha direito a regime semiaberto e vai trabalhar em padaria após decisão da Justiça do Rio
18/09/2024
(Foto: Reprodução) Segundo a decisão da juíza Alessandra Roidis, ele poderá trabalhar fora do complexo Penitenciário de Gericinó, das 6h30 às 15h30, com uso de tornozeleira eletrônica. Dão ao ser preso em 2021
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O traficante Evanilson Marques da Silva, o Dão, chefe do tráfico no Morro da Providência, ganhou direito a passar para o regime semiaberto nesta quarta-feira (18) após uma decisão da Vara de Execuções Penais da Justiça do Rio.
Segundo a decisão da juíza Alessandra Roidis, ele poderá trabalhar fora do complexo Penitenciário de Gericinó, em uma padaria, das 6h30 às 15h30, com uso de tornozeleira eletrônica.
Foto de 2016 do chefe do tráfico no Morro da Providência, no Rio, Evanilson Marques da Silva, conhecido como Dão
Portal dos Procurados/Divulgação
O criminoso, preso em 2021, tinha sido transferido para o presídio Laércio da Costa Pelegrino (Bangu 1) há duas semanas, após a descoberta de um túnel construído em outra unidade do complexo de Gericinó, em Bangu, o Instituto Penal Vicente Piragibe. Dão foi transferido porque seria um dos chefes do Comando Vermelho que poderia escapar da unidade.
A escavação encontrada não estava completa, e ninguém conseguiu fugir. Os policiais penais da Subsecretaria de Gestão Operacional receberam uma denúncia de que presos estavam tentando acessar a rede de esgoto. Eles fizeram um monitoramento com o apoio de equipes operacionais de outras cadeias.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), o túnel seria usado para uma fuga em massa de presos do Comando Vermelho que cumprem pena em regime semiaberto no presídio.
No Instituto Penal Vicente Piragibe, estavam outros criminosos de alta periculosidade, como Márcio Aurélio Martinez Martelo, conhecido como "Bolado da Providência", Bruno Eduardo da Silva Procopio, conhecido como "Piná", Ilan Nogueira Sales, o "Capoeira" e Gilberto Soares Alves, o "Caveirinha".
A unidade prisional é a mesma onde 31 presos escaparam em 2013 por um outro túnel. Na época, as investigações concluíram que o túnel foi construído com ferramentas do próprio presídio. Os detentos tinham autorização para trabalhar nas tubulações por onde fugiram.
